segunda-feira, 30 de junho de 2014

Feliz Aniversário Rodrigo!!!


Sem explicação, alguns amigos mesmo de longe, entram em nosso coração!
Rodrigo faz parte da nossa história! A mãe dele e eu partilhamos muito sobre a diversidade humana e como já podia se esperar, esse menino apaixonante ganhou nosso enorme bem querer!!!
Hoje é o dia dele! Menino querido que acrescenta muito neste mundo! E desejamos de todo coração, FELIZ ANIVERSÁRIO!!!! Muitas bençãos de Deus e continue sempre nos tornando pessoas melhores!!!
Um grande abraço repleto de carinho!!!

E quem quiser conhecer mais, acesse:


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Desenhos Sem Perfeição

Queridos amigos,

Quero convidar a todos para conhecer e curtir a página de desenhos que minha filha realiza.
A Página no Facebook se chama " Desenhos Sem Perfeição" , mas aos meus olhos são desenhos COM perfeição!

Com carinho, 
Desenhos Sem Perfeição

domingo, 22 de junho de 2014

Atividade de colorir adaptada

Entregar uma folha em branco com grande variedade de lápis de cor para uma criança neurotípica é uma grande oportunidade para ela se expressar e criar através da arte de desenhar.
Por outro lado, dentro deste mesmo espectro, a folha em branco não faz sentido nenhum e a grande variedade de cor só dificulta a atividade proposta, levando  o indivíduo a dar outro sentido ao material sem ser o de colorir (jogar no chão, bater, etc.).
Alguns autistas possuem déficit no uso da imaginação e da comunicação, por isso a atividade deve também exercer um papel comunicativo entre o indivíduo e o que se espera dele, fornecendo apenas as informações de que ele precisa.


Neste exemplo, solicitamos à criança que pinte a maçã de vermelho e o caule de marrom. Existe uma informação visual além da verbal e o material que será necessário para a realização da atividade, eliminando os excessos de estímulos.

Incluir Brincando

Coleção Incluir Brincando reúne materiais destinados aos profissionais que trabalham na Educação Infantil etodas as pessoas que se interessam pelos temas: desenvolvimento inclusivo, brincar e infância.

Nela você encontra referenciais teóricos e práticos para promover o desenvolvimento integral das crianças, sensibilizando toda a comunidade sobre o direito à brincadeira segura e inclusiva.

Os materiais da Coleção buscam estabelecer um diálogo entre os conteúdos do Curso de Formação Incluir Brincando e as práticas lúdicas promovidas pelos educadores no cotidiano das crianças.

Atividade da Copa

Em época da Copa do Mundo, o Ângelo (TEA) trouxe para casa duas atividades criada pela professora da sala de recursos Elisabete Frizzo. As duas possuem o tema  da nossa bandeira: uma é um quebra-cabeça trabalhando o conceito de partes e inteiro e a outra adaptei para ele usar no quadro magnético, onde ele precisa discriminar as partes da bandeira e montar conforme a imagem que está ausente. 



Que grau de Autismo meu filho tem? Entenda o Autismo de Alto e Baixo Funcionamento

“Que grau de Autismo meu filho tem?”
Essa pergunta é uma das mais frequentes na primeira consulta e merece ser trabalhada para ser bem entendida e não causar pessimismo e desânimo.
O conceito de Espectro Autista é hoje dividido basicamente em dois grupos, a saber: Baixo e Alto Funcionamento. O primeiro é aquele onde há também uma limitação intelectual (cognitiva) e pouca melhora sintomática (clínica) e o segundo é composto pelos indivíduos que possuem histórico típico de Autismo (atraso de fala, fala na terceira pessoa, déficit importante na interação, etc) e que melhoraram muito conseguindo se alfabetizar, dialogar, usar o pronome “Eu”, entre outras aquisições, demonstrando portanto uma inteligência normal, e pela Síndrome de Asperger (SA), que não possui atraso de fala, atraso no uso do pronome “Eu”, nem déficits cognitivos.
Os que são afetados pela Síndrome de Asperger raramente chegam ao consultório para diagnóstico antes dos 6 anos, pois os prejuízos não são evidentes nem importantes antes dessa idade, diferentemente dos indivíduos do outro grupo, em que os déficits de desenvolvimento no psiquismo global geralmente já estão presentes desde o nascimento/primeiro ano de vida. Ou seja, tanto os afetados pelo Transtorno do Espectro do Autismo de Baixo Funcionamento (TEABF) como os afetados pelo Transtorno do Espectro do Autismo de Alto Funcionamento não Síndrome de Asperger (TEAAF não SA), são diagnosticados por volta dos três anos.
Como quase que a totalidade dessa população aos 3 anos (TEABF e TEAAF não SA) é não verbal funcional e um dos melhores parâmetros de gravidade é o déficit da comunicação (e inversamente o prognóstico por sua qualidade positiva), todos serão classificados como graves.
Como o M-Chat (Modified Checklist for Autism in Toddlers — um breve questionário referente ao desenvolvimento e comportamento utilizado em crianças dos 16 aos 30 meses com suspeita de Autismo) não avalia a comunicação verbal, podemos ter uma visão da comunicação não verbal que é contemplada nessa escala pelos itens 6, 7, 15 e 16, que são respectivamente: apontar com o indicador para pedir alguma coisa, apontar com o indicador para mostrar interesse em alguma coisa, apontar para um brinquedo do outro lado da sala, (a criança) acompanha com o olhar, olhar para as coisas para as quais o adulto olha. Embora esses itens possam ser identificados como atenção partilhada, eles fazem também parte da comunicação proto-imperativa e proto-declarativa e sua melhora também gera melhora da comunicação verbal. Em pesquisa (ainda não publicada) realizada utilizando-se o M-Chat, em população de 135 crianças com suspeita de TEA e mediana de 36 meses de idade, foi encontrada a seguinte realidade: 47 (35%) apontavam o que queriam, 21 (15,5%) apontavam para mostrar, 32 (23%) olhavam o que os Pais e apontavam, e somente 6 (4,4%) olhavam para onde os Pais olhavam.
O ditado “A Deus o futuro pertence” é certo pois sabemos que a clínica apresentada nessa idade de 3 anos não prediz o futuro, o que significa que muitas pessoas melhoram tanto, que saem dos critérios do TEABF. Porém, também é verdade que “Não existe almoço grátis” o que significa que essa melhora significativa depende da implantação das terapêuticas já reconhecidamente eficazes, em grande quantidade e sob uma lógica coerente. Então a pergunta “Que grau de Autismo meu filho tem?” feita na 1ª. consulta por volta dos 3 anos de vida é uma verdadeira armadilha para todos (profissionais e família), pois se o médico mente dizendo que é leve/média e a família se acomoda, a criança não se desenvolve, e se o médico é simplesmente honesto, sem explicar essas questões acima, a família pode desanimar e o futuro da criança estará fadado à incapacidade.
Finalizando então, por mais grave que o quadro do TEA possa ser nos primeiros anos de vida, só saberemos o futuro pela reação positiva (desenvolvimento) da criança à medida que os tratamentos forem implantados.
Fonte: Revista Autismo
Autor: Walter Camargos Junior é psiquiatra da Infância do Hospital Infantil João Paulo-II — FHEMIG, em Belo Horizonte, MG.

FONTE AQUI!

Receita de massinha de modelar comestível SEM GLÚTEN para crianças Autistas

Massinha de Modelar sem Glúten
1 xícara de farinha de arroz branco
1/2 xícara de maizena
1/2 xícara de sal
1colher de sopa de creme tártaro
1 1/2colher de chá de óleo vegetal
1 xícara de água
corante de alimento

Modo de Preparo
Enche a panela com todos os ingredientes secos. Depois acrescenta por cima os ingredientes líquidos/cremes, coloca em fogo baixo e vai misturando. Você vai misturar ficar uniforme, cuidado  para não cozinhar demais!!
Depois de cozinhar é só colocar o corante e pronto!!!

sexta-feira, 20 de junho de 2014

PECS Autismo legendado

Considerei este vídeo bem explicativo sobre o uso do PECS e venho compartilhar!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Arthur e o Autismo

Este vídeo foi criada por uma grande amiga para ajudar as pessoas a compreenderem o autismo.
É impossível não se identificar e mais impossível ainda não se encantar com a história do Arthur junto de sua família frente ao autismo...

Incluir Brincando - Guia do Brincar Inclusivo



Este é um guia muito interessante!
Vale a pena conferir!


Clique aqui:

Vítima da Síndrome de Asperger, Messi derrota a doença para vencer na vida

Craque argentino tem gestos repetidos em campo, por conta da doença

Espanha - Craque, superdotado, menino prodígio e... autista. Diagnosticado aos 8 anos de idade como portador da Síndrome de Asperger, também conhecida como “fábrica de gênios” — os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, o naturalista Charles Darwin e o pintor renascentista Michelangelo, entre outros, seriam portadores — Messi é a prova viva de que a doença, uma forma branda de autismo, não impede ninguém de brilhar e, no caso do argentino, ser eleito o melhor jogador do mundo quatro vezes seguidas.
Embora o diagnóstico do autismo de Messi, que na infância também sofreu de nanismo e foi tratado no Barcelona, tenha sido pouco divulgado para protegê-lo de qualquer discriminação, seus inúmeros fãs não devem se assustar. A Síndrome de Asperger, diferentemente do autismo clássico, não acarreta em nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo — a doença afeta geralmente pessoas do sexo masculino com dificuldades de socialização, gestos repetitivos e estranhos interesses.
A fixação de Messi pela bola explicaria um pouco sobre o assunto. Apesar de seu talento inegável, o comportamento do camisa 10 argentino dentro de campo é revelador sobre o aspecto de sua doença. “Autistas estão sempre procurando adotar um padrão e repeti-lo exaustivamente. Messi sempre faz os mesmos movimentos, quase sempre cai pela direita, dribla da mesma forma e frequentemente faz aquele gol de cavadinha, típico dele”, afirma Nilton Vitulli, no site Poucas Palavras, do jornalista Roberto Amado.
Vitulli, que é pai de um portador da síndrome de Asperger e membro da ONG Autismo e Realidade e da rede social Cidadão Saúde (reúne pais e familiares de ‘aspergianos’), acrescenta que como a maioria dos autistas tem memória descomunal, Messi provavelmente conhece muito bem todos os movimentos que precisa executar na hora de balançar a rede.
“É como se ele previsse os movimentos do goleiro. Ele apenas repete um padrão conhecido. Quando entra na área, já sabe que vai fazer o gol. E comemora, com aquela sorriso típico de autista, de quem cumpriu sua missão e está aliviado”, diz Nilton, que enaltece a qualidade do chute de Messi, a sua habilidade com a bola grudada no pé, mesmo em alta velocidade, mas ressalta se tratar “apenas” de padrões de repetição comuns aos portadores da Síndrome de Asperger. Mesmo no caso do gênio Messi.
Personalidade pouco sociável fora de campo
Messi sofre com os sintomas da Síndrome de Asperger. Principalmente fora de campo — a dificuldade de interação social é o maior adversário. É o que garante Giselle Zambiazzi, presidente da Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Santa Catarina.
“O gestual, o olhar e o comportamento do Messi são típicos. Na premiação da Bola de Ouro ele ficou incomodado, pois não sabe lidar com o bombardeio de informações do mundo externo”, diz.
Ela leu a biografia de Messi e detectou traços marcantes da doença. “Na infância ele só saía de casa com uma bola de futebol. Mesmo que fosse ao médico”, diz Giselle, que espera que o craque não seja discriminado: “Acham que o autista é um débil mental. Não é isso. Messi é um exemplo de superação”.

18 de Junho - Dia Mundial do Orgulho Autista


Escola comum não garante inclusão de portador de Down


Estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que crianças com Síndrome de Down que frequentam a rede básica de ensino sofrem exclusão. Segundo a fonoaudióloga Flávia Mendonça Rosa Luiz, a prática tem o objetivo de incluir, porém o resultado não é esse. “Existe um preconceito presente na concepção dos professores em relação às crianças com Síndrome de Down que as levam a focar apenas em suas deficiências, subestimando assim sua capacidade de aprendizagem.”
O estudo conclui que os professores não conseguem desenvolver atividades pedagógicas com essas crianças porque elas têm necessidades mais importantes, como higiene, alimentação, conforto e interação social. Durante a pesquisa, foram entrevistados dez professores da Secretaria de Educação do Município de Araraquara. “Os resultados podem ser estendidos para outras unidades de ensino, uma vez que eles já foram evidenciados em outras pesquisas”, afirma Flávia.
A fonoaudióloga fala que as dificuldades da interação também são frutos da cultura presente na sociedade brasileira, que não é tão aberta a diferenças. “Com isso, temos o processo de inclusão como ‘uma exclusão dentro da inclusão’.” Orientada pela professora Lucila Castanheira Nascimento, a pesquisa Experiência de professoras da educação infantil no processo de inclusão escolar de crianças com síndrome de Downfoi desenvolvida de janeiro de 2010 até dezembro de 2014.
Relato dos professores
Segundo Flávia, os professores são peças fundamentais para o sucesso da inclusão escolar de crianças com Síndrome de Down, pois são responsáveis por promover o desenvolvimento dos alunos. “A falta de formação teórica e prática quanto à educação especial, de recursos pedagógicos, professores assistentes e apoio da direção fazem com que os professores se sintam solitários no processo de inclusão.”

Os resultados da pesquisa também apontam que as necessidades sociais das crianças, por superarem as educacionais, fazem com que os professores passem atividades paralelas para mantê-las ocupadas. “Na nossa sociedade, a pessoa com deficiência é vista por suas impotências e, como tal, não deveria frequentar a escola comum por não ser capaz de aprender”, destaca a pesquisadora.
A fonoaudióloga afirma que a inclusão escolar não se restringe a políticas educacionais, mas engloba também a disposição dos professores e da comunidade em aceitar as diferenças. Nesse contexto, o grande desafio é dar aos professores conhecimentos necessários que os levem a novas atitudes frente às diversidades. “Sentimentos como respeito, tolerância, aceitação, solidariedade e compreensão, aliados a valorização dos professores, podem mudar a realidade e o processo de inclusão atingir seu objetivo”, conclui Flávia.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Jovem conta a experiência de ter um irmão com autismo

Este vídeo está circulando as redes sociais e não podia deixar de partilhar...
Já havia me deparado com um depoimento de irmã de autista que havia me emocionado, mas este também é muito lindo e vale a pena assistir!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

18 de Junho - Dia do Orgulho Autista

18 de Junho é o Dia Mundial do Orgulho Autista. Essa data começou a ser comemorada quando um grupo de pessoas autistas chamado Aspies for Freedom se uniu para lutar pelos seus direitos.
Todo ano é definido um tema para ser levado à sociedade promovendo conhecimento sobre a causa autista.
Assim como suas famílias, todos que enfrentam a síndrome são grandes lutadores. Porém , um assunto muito pertinente e bastante ignorado em nosso país, inclusive no município de Caxias do Sul é a importância do atendimento direcionado aos autistas, desde o diagnóstico precoce até o fim da vida.
Em Dezembro de 2012 foi sancionada a Lei Berenice Piana, Lei Federal que garante proteção aos direitos a cidadania dos autistas, garantindo-lhes tratamento digno e convívio familiar. Assim, alguns municípios de todo país foram municipalizando a garantia desses direitos.
Em Novembro de 2013, foi protocolado junto ao gabinete do prefeito de Caxias do Sul uma Proposta de Projeto de Lei para à pessoa com transtorno do espectro autista, mas até hoje não houveram respostas.
Se hoje não encontramos todos atendimentos necessários em um único local, é porque os temas como saúde, educação e assistência social são tratados por setores distintos do poder público, e hoje não há sinergia entre as áreas.
Lutar pelo atendimento direcionado consiste em oportunizar aos autistas autonomia e qualidade de vida. Quando precocemente atendidos podem perder o diagnóstico ou enquadrar-se em um quadro leve de comprometimento. Mas, infelizmente esses diagnósticos chegam bastante tarde e o incio do tratamento também, prejuízo imedível a quem apresenta as características do espectro.
Temos profissionais dedicados em proporcionar melhor qualidade de vida aos nossos autistas, porém realizam "milagres" com os recursos que recebem, pois não há um comprometimento sério dos governos e sociedade neste assunto que aflige tantas pessoas.
Prefeituras, Estados e Governo Federal desconhecem as verdadeiras necessidades dos autistas, desconhecem inclusive quantos somos e as condições em que vivem as famílias afetadas por esse problema.
Não bastando a falta de conhecimento sobre a porcentagem que representamos da população neste município, Estado ou mesmo país, não há lugar digno para aqueles que não alcançam uma condição de vida em sociedade satisfatória envelhecer e permanecer.
Onde estão nossos autistas idosos que não possuem mais famílias e de que forma vivem? Como estão nossos autistas nas escolas? Como recebem o apoio multiprofissional?
Quando teremos retorno sobre nossa Proposta de Projeto de Lei? Até quando o governo em todas as suas esferas ignorará o problema imaginando que assim ele desapareça?
Acredito, que toda associação que se dedica a trazer qualidade de vida aos nossos autistas deve ser reconhecida. São trabalhos realizados com muita dedicação e amor, cuja maioria das vezes ninguém vê, apenas as famílias que colhem no seu dia a dia a grandiosa recompensa deste trabalho no comportamento e progresso de seus filhos. Por isso, acredito que Caxias do Sul ainda apresenta um enorme déficit de investimentos nesta área que por tratar-se do trato humano e de proporcionar o mínimo de dignidade as pessoas, deveria receber maior atenção e prioridade.

Ana Paula Pacheco

quinta-feira, 12 de junho de 2014

'Muitas vezes, fui fazer show arrasado', diz De Leve, que interrompeu carreira por filho autista

No começo dos ano 2000, quando Niterói se tornou uma espécie de versão brasileira do descolado bairro nova-iorquino do Brooklyn, Ramon Moreno, mais conhecido como De Leve, representava uma das correntes mais fortes do rap brasileiro. Despejando rimas inteligentes sob bases jazzísticas, ele era capaz de fazer versos sobre qualquer assunto, indo muito além da fórmula do discurso politicamente engajado e os relatos sobre o cotidiano da quebrada. Há cinco anos, no entanto, o diagnóstico de autismo do filho, Juan, que completa seis anos no mês que vem, tirou De Leve dos palcos e dos holofotes. Ele trocou Niterói pelo Méier, na zona norte do Rio, foi estudar pedagogia na UFF (Universidade Federal Fluminense) e trabalhou dirigindo um táxi. 
“Muitas vezes, fui fazer show arrasado, cansado, tristão. Mas é isso aí, até quando aguentei consegui fazer, mas depois, chegou uma hora que ficou complicado”, afirma, sem esconder que enfrentou uma depressão forte “de não conseguir fazer as coisas, ficar meio paralisado”.
De Leve, contudo, voltou. O lançamento do clipe de Estalactite, no começo do mês, recolocou o rapper surgido no coletivo Quinto Andar no jogo. “O hip hop cresceu e ajudei a contribuir com isso aí”, constata o músico. Passando a Copa do Mundo, ele planeja soltar um EP com seis músicas.
Estalactite fala sobre o processo que deixou sua vida “de ponta cabeça”. “Com certeza ainda tenho a minha característica, a música reflete um pouco da minha fase, mas vou retratar cada música de uma maneira diferente. Não são todas as músicas que vão ter essa mesma temática, diz ele, adiantando que o segundo single do EP traz o humor que o tornou conhecido.
Ainda que a verve para disparar rimas em alta velocidade tenha se mantido, o filho tornou o rapper um cara mais sensível. “Mudou muita coisa, ser pai é você dividir um pouco do seu amor, dividir muita coisa. Você muda o seu olhar. Antes você tem um olhar mais egocêntrico, mais individual. E nesse sentido me torna um pouco mais sensível, na percepção do mundo. E algumas coisas assim que passam despercebido para muitos pessoas, passavam despercebidos por mim e agora já não passam mais”, compara. Ele diz também que só quem vive a experiência de ter um filho autista sabe como é a luta. “É meu primeiro filho, estava planejado, quero ter um filho e tudo mais. E quando essas coisas acontecem, você não imagina, né? E é muito difícil depois também”, aponta.



De Leve conta que o filho foi dignosticado com a síndrome, após os pais perceberem que a criança tinha dificuldades de estabelecer comunicação, por volta de um ano e meio de idade. Ele revela que hoje a rotina de Juan inclui terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada) e atividade esportiva. “Mas é tudo muito caro e, sinceramente, eu não tenho grana, é complicado. Tem ajuda das pessoas, familiares, na base da ajuda e na base do trabalho. Artista é assim, tem mês que é bom e tem mês que não tem nada”, diz.Ele também lamenta enfrentar dificuldades em oferecer uma educação adequada para o desenvolvimento do filho, que estuda em uma escola municipal do Rio de Janeiro, sem acompanhamento individual. “Na escola, eles são esforçados, mas não podem ajudar muito, não. E eles patinam, eu digo tenta assim, assim, assado, que assim funciona. E eles não conseguem. Eles não querem ouvir. Eu sei o que funciona, que é como faço. D outro jeito também já tentei muitas vezes, não são poucas tentativas”, relata, emocionado.De Leve argumenta ainda que a pressão sobre os pais de autistas é forte. “Sou só eu e minha esposa, ou sou eu, ou é ela. E não pode nem ficar doente, tem que tomar remédio e vamos embora. É complicado, mas é isso aí. É muito difícil, muito difícil”, revela. O músico, no entanto, começa a organizar a agenda para circular com sua música pelo Brasil. “Sábado (12) agora tem na Lapa (no Rio), quarta-feira (18) tem Distrito Federal. Estamos aí. Vai ficar mais um pouco arrumado isso aí daqui a pouco, por enquanto está meio bagunça, aquele esquema artístico caos mesmo”, conta.Ele diz também que a recepção ao novo trabalho tem sido animadora. “Estou voltando com a música agora, mas eu meio que tinha dado uma parada geral, eu parei de dar um rolé, de ir nas festas, de ir nos eventos de hip hop e tudo mais. Estou voltando devagar, falando com a rapaziada, na rua e tudo mais. E a rapaziada quer ouvir o De Leve, quer ver o que eu tenho para falar também”, diz.Se o hip hop, amadureceu muito nos últimos cinco anos, como defende o rapper, De Leve amadureceu ainda mais. Nunca desconfie de um pai amoroso, ele não voltou para brincadeira.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

18 DE JUNHO - DIA DO ORGULHO AUTISTA


É possível sentir orgulho quando se enfrenta o autismo? No meu ponto de vista, sim!
O autismo não é um mal, é um jeito diferente de ser.
Quem enfrenta o autismo, torce por todas as pessoas que enfrentam limitações, vibra com a vitória e progresso de cada uma como se fosse sua. Sabe o valor das pequenas coisas, das verdadeiras amizades e tem sua vida guiada pelo amor. 
Quem enfrenta o autismo, deseja um mundo melhor, solidário e repleto de aceitação. Crê imensamente em Deus e sabe que toda vida é Sua obra perfeita!
Quem convive com uma pessoa que tem autismo, jamais será igual, pois todos os dias, nos deixam grandes ensinamentos...


Esta é minha homenagem a todos autistas, em especial, meu filho Ângelo que está dentro do espectro.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Clínica-escola pública para autistas, em Itaboraí, é referência no país

ITABORAÍ - Aos 3 anos, Davi ainda não falava. Foi a partir da demora em se comunicar verbalmente que Gerusa Rangel, mãe do menino hoje com 5 anos, percebeu que algo não estava indo bem. Após longa peregrinação por um diagnóstico correto e local para atendimento adequado para ele, eis que surge uma esperança: a chegada da primeira Clínica-escola do Autista em Itaboraí. Única no Brasil, é o primeiro local neste molde a oferecer atendimento gratuito para autistas, se tornando referência em todo o país.
Fisioteraupetas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, nutricionistas e um neuropediatra compõem o time multidisciplinar, conforme manda a lei. Inaugurada em abril deste ano, o ambiente é resultado de muita persistência. Berenice Piana, moradora da cidade, compara sua luta pelos direitos dos autistas a uma via crucis. Lutando durante três anos e meio para que a lei que leva seu nome se tornasse realidade, ela se manteve firme até a conquista da implementação da clínica, que hoje conta com a consultoria gratuita de especialistas americanos e holandeses, com projetos voltados para o tema consagrados em seus respectivos países.
Sancionada em 2012, a lei 12.764 é o primeiro caso de sucesso no senado como legislação participativa. Fruto da determinação de Berenice, que buscou apoio nas redes sociais pedindo para que as pessoas apoiassem a causa enviando e-mails cobrando aos políticos. Mãe de um rapaz autista, ela lembra as dificuldades que passou com Dayan, hoje com 20 anos.
— Ele tinha um grau severo de autismo, não falava, e só foi diagnosticado aos seis anos. As pessoas costumam subestimar a capacidade do autista. Lembro-me quando, aos quatro anos, ele pulou o muro da escola e desapareceu. Fiquei desesperada — emociona-se Berenice — A escola regular não está pronta para receber uma criança assim. É preciso um preparo prévio do aluno, como o que é oferecido na clínica, para que ele seja inserido — enfatiza.
A Clínica-escola fica na Rua Comandante Ari Parreiras 327, em Venda das Pedras. Atualmente há 35 vagas a serem preenchidas, mas o atendimento só está disponível aos moradores de Itaboraí.


FONTE AQUI!

Projeto de Lei entregue à Presidenta Dilma Rousseff

Na luta pelos direitos dos nossos autistas, foi entregue à nossa Presidenta Dilma Rousseff uma camiseta da AMA-Caxias e uma cópia da Proposta de Projeto de Lei para instituir uma política municipal de atendimento integrado à pessoa com transtorno do espectro autista em Caxias do Sul-RS. Este projeto foi protocolado junto ao gabinete do Prefeito em novembro de 2013.

Menino com autismo vira contador de histórias em escola de Itanhaém, SP

Um menino autista de 10 anos virou o contador de histórias de sua classe em uma escola municipal de Itanhaém, no litoral de São Paulo. Diego Escada Louzada apresentou, desde pequeno, as características do transtorno, mas a convivência com outras pessoas na escola lhe trouxe mais conhecimento do mundo e de si. O jeito inibido, característico do autismo, é pouco perceptível em Diego enquanto ele brinca de contar histórias para a turma e é aplaudido pelas outras crianças. O que poderia ser considerado um desafio para qualquer autista, é um prazer para ele.
Tatiana Escada descobriu que o filho tinha autismo quando o menino estava com três anos. Ela começou a notar algumas atitudes estranhas do filho. “Ele apontava as coisas, não falava o que queria, tinha resistência à dor. Com um barulho muito estridente, ele colocava as mãos nos ouvidos. A gente foi reunindo os fatos e fomos a um neurologista”, conta ela.
Segundo o Ministério da Saúde, o autismo é considerado uma síndrome neuropsiquiátrica. Embora seja uma etiologia específica que não tenha sido identificada, estudos sugerem a presença de alguns fatores genéticos e neurobiológicos que podem estar associados ao autismo. Diversos sinais e sintomas podem estar ou não presentes, mas as características de isolamento e imutabilidade de condutas estão sempre presentes. Tatiana diz que a notícia foi um baque para ela e a família. “Você se questiona muito. Até entrei em uma depressão. Depois, li muito sobre o assunto e comecei a entender e foi fluindo. Hoje eu trato ele como uma criança normal”, fala. Após o diagnóstico, Diego iniciou o tratamento com fonoaudióloga, pedagoga e neuropsicóloga. 
Tatiana e o Diego saíram de Santos, onde moravam com o pai do garoto, e foram viver em Itanhaém. Mesmo com o transtorno, Diego foi matriculado na escola municipal Maria Graciette Dias, pelo sistema de inclusão. “O Diego é um autista. Todos os autistas têm direito a um estagiário. Eles são estudantes e ficam com essas crianças de inclusão. Na nossa escola, a gente tem uma média de 13 crianças especiais.”, explica a diretora Rita de Cássia Brandão Gouvêa.
A professora  Marlene Carraro Mucsi, de 50 anos, diz que Diego chegou na escola muito arredio e não gostava muito de ter contato com as pessoas.  Ela só acompanhava o menino de longe, mas, neste ano, começou a dar aulas para Diego. “Já tinha trabalhado com outras deficiências, mas com autismo foi a primeira vez”, diz. A professora foi aprendendo a lidar com o menino no dia a dia. “O grau do autismo dele é leve, não há necessidade de trabalhar atividades diferenciadas com ele, o que precisamos é respeitar o tempo. A gente conhece outros autistas que são agressivos, inquietos, não param sentados em sala de aula. Não é o caso dele”, explica a professora. Ela ressalta que Diego acompanha as lições na classe do 5º ano como qualquer outro aluno. Segundo Marlene, o menino lê muito bem, é alfabético, consegue fazer contas e resolver os problemas de matemática.
A convivência com outras crianças e os cuidados das professoras fez o menino melhorar de comportamento e também a ganhar mais conhecimento. Na escola, ele também descobriu, principalmente, a aptidão para o desenho e animação. A mãe dele conta que o menino adora ficar no computador, vendo vídeos, fazendo desenhos e criando histórias, principalmente, com o Mickey, o personagem preferido de Diego.
Na sala de aula, ele coloca os desenhos na lousa digital e vira um contador de histórias, interpretando os personagens. “Eu faço a narradora e ele o Mickey. Na verdade, ele não lê a história, ele decora as falas. De vez em quando, é no início da aula, às vezes, é no final”, explica a professora. Do outro lado da sala, estão diversos outros alunos com a mesma idade de Diego. Eles riem com a interpretação do menino, entendem a história e, no final, batem palmas pela apresentação do colega de classe. “Para ele é bom. A questão de ele desenhar bem também motiva as outras crianças a quererem desenhar como ele. Já cria um convívio, uma proximidade”, diz a mãe do menino.
Por causa da contação de histórias, Diego também passou a ter mais comunicação com as pessoas, mesmo que, assim como outros autistas, não goste de muito contato físico. Tatiane vê o quanto o filho melhorou no âmbito social. “Ele começou a evoluir de uma maneira tão rápida, até na questão de amizade, tem mais carinho, mais afeto das outras crianças, tem a estagiária que fica direto com ele. Eu me arrependi de não ter colocado antes nessa escola”, admite.
Já Diego mostra orgulhoso os desenhos do Mickey, expostos em um painel que foi colocado em um dos corredores da escola. Para a mãe, o futuro do filho sempre estará ligado ao mundo da animação. “Ele fala que quer trabalhar na parte de animação de estúdios. Eu acho que é o que ele vai acabar seguindo”, diz Tatiana.

FONTE AQUI!

Evento alusivo à Conscientização Mundial do Autismo em Caxias do Sul-RS


 Ocorreu no dia 06 de abril de 2014 o evento alusivo ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo (02 de abril) em Caxias do Sul RS. Familiares, amigos e profissionais prestaram seu apoio à causa tornando-a cada vez mais forte!

É emocionante estar entre aqueles que que percorrem o mesmo caminho com muito amor...
Em breve criarei um vídeo homenageando os amigos que estavam presente!

domingo, 1 de junho de 2014

Aos 96 anos, idosa realiza sonho de aprender a ler e escrever

Maria Aparecida é um verdadeiro exemplo de que nunca é tarde para iniciar a realização de um sonho. Aos 96 anos, ela vai à escola e já aprendeu a ler e escrever.

02 de abril - Dia da Conscientização Mundial do Autismo em Caxias do Sul/RS

Sei que estou bastante atrasada em minhas postagens e mesmo assim, corro em compartilhar mais um pouquinho da nossa caminhada...
Realizamos algumas reuniões com a Coordenadoria da Acessibilidade da Prefeitura de Caxias do Sul para organizarmos os eventos alusivo ao Dia da Conscientização Mundial do Autismo de 2014.



 Recebemos total apoio deste setor, que também se comprometeu com a iluminação azul em alguns pontos turísticos da cidade. 


O nosso lindo chafariz da praça Dante Alighieri também recebeu a cor de azul e muitas famílias fizeram questão de registrar junto as pessoas que amam e fazem parte de sua história com fotografias e vídeos. A AMA-Caxias também deixou uma faixa explicativa na Catedral.





No dia 02 de abril, uma queridíssima e competente amiga ministrou uma palestra sobre inclusão no anfiteatro da Câmara de vereadores. Renata Bonotto trouxe muito conhecimento e esclarecimento sobre o tema, além de partilhar sua experiência de mãe de um menino dentro do espectro autista.



Após a palestra ocorreu uma mesa redonda para debater o tema, a qual tive a honra em participar e também levar um pouquinho da minha experiência com o autismo.



O querido amigo Alberto Meneguzzi forneceu-me a oportunidade de falar sobre o tema na Rádio São Francisco SAT, sendo mais um meio de promover informação. Também recebemos o apoio da Rádio Caxias e da RBS.
A vereadora Denise Pessoa também relatou na Câmara de Vereadores as dificuldades enfrentadas pelas famílias e pessoas com a síndrome.



Ficamos satisfeitos com todo apoio recebido para chamarmos a atenção  da sociedade sobre o autismo. Acreditamos que a informação é o maior meio de combater o preconceito e alcançarmos um mundo mais solidário, justo e acolhedor.
E como frisamos na palestra: Cada um de nós é peça fundamental no processo da inclusão. 
Qual peça você representa?