sábado, 30 de novembro de 2013

Projeto tenta entender o autismo a partir de dentes de leite

O projeto desenvolvido pela Universidade de São Paulo, foi batizado de "A Fada do Dente" e os pais de filhos autismo podem colaborar com este projeto. 
O contato com os pesquisadores podem ser feitos por mail: projetofadadodente@yahoo.com.br


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Educação Inclusiva - Maurício de Sousa &Turma da Mônica

Cada vez mais me torno fã do Maurício de Sousa! Ele usa todo o seu talento também para lutar à favor da inclusão! Suas histórinhas tratam às diferenças com a maior naturalidade. Ele criou o André, um menino autista e outros tantos personagens que vivem algumas limitações...


Vamos ajudar o Projeto Amplitude!


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Capítulo de Caillou explicando como se sente uma criança com autismo

Este vídeo mostra de forma simples uma criança com características do autismo em ambiente escolar.
Em nenhum momento é falado o nome da síndrome, por se tratar de um desenho infantil isto ajuda a esclarecer sem rotular.

domingo, 24 de novembro de 2013

Mãe conta em livro as dificuldades e conquistas do filho autista de 32 anos

A empresária Dalva Tabachi, 65, tem quatro filhos. O mais velho, Ricardo, 32, tem autismo e só começou a falar aos cinco anos. Hoje ele trabalha com a mãe na confecção da família, no Rio, toca violão e vai ao cinema com uma amiga. Tudo, segundo Dalva, com muito esforço.
Em 2006, com base em anotações do dia a dia do filho, ela lançou o livro "Mãe, me ensina a conversar" (Rocco, 96 págs., R$ 20). Agora lança o segundo livro, "Mãe, eu tenho direito!".

Leia o depoimento dela:

Fomos ao pediatra, à psicóloga, à fonoaudióloga. Naquela época, ninguém sabia o que era autismo. Quando eu perguntava o que meu filho tinha, diziam: "Ah, esquece isso". Falavam que ele ia ficar bom.
Mas até o Ricardo ter 12 anos foi horrível. Ele era bem comprometido. Ficava fazendo "hummm" continuamente. Quando ficava nervoso, pulava e se mordia.
A gente sofria preconceito. Quando ele tinha dez anos, em uma viagem de avião, um passageiro pediu que o tirassem do voo, porque ele não ficava quieto, gritava. Com 18 anos, fomos a uma neurologista e perguntei: "Afinal, o que ele tem?". Autismo.
Nessa época ele já estava bem melhor. Tudo com muito esforço, muito choro. Corri atrás de tudo. O que ele podia fazer, fez: aula particular, fonoaudióloga, psicóloga, violão, natação. Não desistimos. Ele tem três irmãos mais novos que sempre o puxavam para a realidade, não deixavam que ele se isolasse.
Quem vê o Ricardo hoje não acredita. Ele fala muito. Claro que ainda tem traços de autismo, o pior deles é a repetição. Ele repete a mesma coisa dez, 20 vezes.
Conta tudo o que comeu, diz tudo o que fez hoje e no dia anterior, avisa dez vezes quando vai dormir. Às vezes, fica remoendo coisas de anos atrás: "Por que fulano puxou a minha orelha um dia?".
Ele não se acerta com números --não entende que duas notas de 20 e quatro de dez são a mesma coisa-- e não entende muito bem o que é quente ou frio: usa blusas no calor, liga o ar-condicionado no frio.

ANDAR SOZINHO

Ele nunca fica sozinho. Não tem como. Tenho uma empregada que mora em casa. Ele espera meu marido e eu até para escovar os dentes, porque tinha mania de escovar tanto que já estava se machucando. Quando demoramos para chegar em casa, ele liga: "Onde vocês estão? Preciso passar fio dental."
A minha maior preocupação é quem vai cuidar do Ricardo no futuro. Já faz muito tempo que penso nisso. Fiquei muito angustiada quando um dos meus filhos se casou. Os irmãos dizem que vão cuidar dele, mas sempre penso que tenho que viver muito. E, para isso, me cuido.
Eu nado no time master do Flamengo, não sou gorda e não como gordura. Tenho que ficar boa, não posso ficar doente. Sempre que vejo um casal sozinho com um filho autista penso: quem vai cuidar dessa criança no futuro?
O Ricardo melhora a cada dia. Ele toca violão direitinho, participa de competições de natação, vai ao cinema todos os sábados e adora ouvir música aos domingos.
Tudo o que ele sabe foi ensinado. A fonoaudióloga explicava o que era o teto, o chão, o nome das coisas.
Ele tem uma memória incrível. Se você disser que hoje é seu aniversário, ele vai lembrar daqui a meses e vai dizer: no ano que vem vai ser numa quinta-feira, porque neste ano foi na quarta.
Antes ele não entrava nas conversas, hoje já puxa papo. Sempre falando uma besteira, o que ele comeu no almoço. Eu o repreendo, digo que não é assim que conversa, e ele pede: "Mãe, me ensina a conversar". Esse foi o título do meu primeiro livro.
O segundo livro se chama "Mãe, eu tenho direito!", porque mais recentemente ele aprendeu a dizer não, a reclamar. Eu digo para ele não comer alguma coisa e ele repete: "Eu tenho direito!".
O que mais dá trabalho hoje é comida. Ele é compulsivo. Na adolescência, engordou. Colocamos ele de dieta e ele emagreceu 18 quilos.
Hoje, o Ricardo trabalha no escritório comigo, atendendo o telefone. No começo, quando ligavam perguntando por mim, ele respondia: "Ela está fazendo xixi."
Ele é supersincero. E não tem muito tato. Quando o avô morreu, saiu gritando "o vovozinho morreu", como se anunciasse um nascimento.
Depois de adolescente, nunca vi o Ricardo chorar. Isso me preocupa às vezes, mas depois penso que ele não tem por que ficar triste, tem tudo o que precisa. Todos gostam dele, ele é muito carismático.
Às vezes fico cansada, principalmente quando ele repete coisas demais. Mas desanimar, não. Se ele chegou onde chegou foi porque não desistimos.
MÃE, EU TENHO DIREITO! - CONVIVENDO COM O AUTISTA ADULTO
AUTORA Dalva Tabachi 
EDITORA Rocco
PREÇO R$ 24,50 (144 págs.)
E-mail da autora: dalva.tabachi@gmail.com

As Consequências do mau uso da Internet: é hora de educar!

Não é a primeira vez em que leio uma matéria onde uma jovem se suicida após ser exposta na internet de modo que denegrisse e humilhasse sua imagem.
Percebo cada dia mais que o uso da internet deveria ser debatido nas escolas, principalmente com as famílias e dentro das famílias.
A maioria dos pais não são da geração das redes sociais e por estarem com seus filhos em casa acreditam que estão seguros, mesmo conectados com milhares de pessoas, mas estão dentro de suas casas...
Aliás, cada vez menos as crianças estão indo para rua brincar, socializar de verdade, estar junto de amigos. E quando saem, há mil e uma recomendação para não falar com estranhos, olhar para os dois lados antes de atravessar, etc., etc.
O fato é que os crimes por meio da internet estão cada vez maiores e isso necessita com urgência de alguma intervenção. Menores de idade são expostos de forma negativa e às vezes isso é feito por eles mesmos sem consciência das consequencias. Sema falar da pedofilia, Cyberbullying, entre outros tantos crimes que estamos sujeitos.
Ainda vejo a internet como uma grande conquista, um grande avanço para humanidade, mas assim como somos educados para agir em sociedade, devemos ser educados para agir na internet.
A cidadania também está online agora!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Como você vive?

Só existe um tipo de deficiência: a atitude negativa!

Turma da Mônica, Garfield e outros personagens ficam carequinhas em campanha contra câncer infantil

Artistas como Carlos Saldanha e cartunistas como Ziraldo e Laerte apoiaram a ação e criaram conteúdos. Personagens como O Menino Maluquinho, Garfield, Jake e Flynn (Hora da Aventura) vão aparecer de cabeça raspada em uma programação especial nos canais abertos e pagos de TV, além de tirinhas de jornais, e vídeos nas redes sociais.
Mauricio de Sousa e Mônica Sousa participaram do lançamento da campanha "Carequinhas contra o Câncer infantil". Nossos personagens também perderam os cabelos para mostrar que o câncer não impede a criança de curtir a infância. 
O objetivo do projeto é ajudar a resgatar a autoestima das crianças com câncer e conscientizar sobre o preconceito que existe com quem enfrenta o tratamento. Institutos como o GRAACC já alcançam taxas animadoras de mais de 70% de cura.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

ENCA-Inclui visita à 12º BPM

A ENCA-Inclui visita à 12º BPM no município de Caxias do Sul, dia inesquecível para todos os envolvidos, pelo tamanho da felicidade proporcionada aos nossos especiais.
A ENCA realiza um excelente trabalho de inclusão social, trabalho realizado com imenso amor! Ângelo e eu somos abençoados por fazer parte desta família!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dr José Facion em Bento Gonçalves


20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra

Na semana de combate ao racismo, um vídeo ganhador de vários prêmios internacionais, na categoria combate ao racismo no Mundo.


Bel Kutner mãe de Davi (que está dentro do espectro autista) - Depoimento Priorit


domingo, 17 de novembro de 2013

Inclusão Escolar é Direito!


TAG: Minha História / My Story

Conheça a história da Larissa, que perdeu a audição ainda bebê e acompanhe o seu blog:
  “Brilho de Diva” http://brilhodediva.com.br/ 

Jovem com Síndrome de Down fala várias línguas, toca violino e impressiona o mundo


Emmanuel Joseph Bishop tem 16 anos, fala inglês, espanhol, francês e latim, e toca violino como poucos jovens da sua idade. Apesar de sofrer de Síndrome de Down, o talentoso rapaz já conseguiu impressionar o mundo com a sua história, que se tem espalhado pelas redes sociais.
Empenhado em mostrar que é um jovem igual a tantos outros, Emmanuel dá conferências um pouco por todo o mundo e procura servir de exemplo a tantas outras crianças que têm o mesmo problema. Nas suas apresentações, fala sobre a sua vida, as suas experiências e os seus interesses, como é o caso do desporto e da música.
O jovem precoce, que aprendeu a ler muito cedo e que começou a tocar violino com apenas 6 anos, foi educado em casa pelos pais, que nunca duvidaram das suas capacidades. Foi com esforço e perseverança que Emmanuel conseguiu mostrar ao mundo as suas capacidades, apesar de saber que, em muitos países, a lei permite o aborto no caso de os bebés sofrerem de Síndrome de Down.

sábado, 16 de novembro de 2013

Significado da Fita do Autismo


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ciclo de Palestras sobre Autismo do IAV – Edição 2013



É com muita satisfação que anunciamos o Ciclo de Palestras sobre Autismo - Edição 2013, que tem por objetivo divulgar conhecimento atualizado sobre a intervenção na área do autismo (TEA).


Mais informações acesse: Autismo e Vida

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Vagas Especiais

Essa é Manoela Schimitt, uma amiga muito querida e mãe de uma menina com necessidades especiais. Ela fez este vídeo para conscientizar as pessoas sobre as vagas especiais de estacionamento, visto que, sempre que precisa utilizá-las, está ocupada por quem não precisa delas.




terça-feira, 12 de novembro de 2013

Cancelamento de transporte escolar revolta famílias de portadores de necessidades especias, em Caxias do Sul


Há exatos dois meses, o morador de Galópolis Alisson Martins, 20 anos, deixou de frequentar as aulas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Naquele dia, a família do jovem portador de Síndrome de Angelman ficou sabendo que o transporte estava suspenso pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), sem qualquer comunicação formal.
O aviso foi dado pelo motorista da van que presta o serviço. Ao protocolar a solicitação junto à secretaria, descobriram o motivo: por morar em área urbana, o uso do transporte por Alisson é ilegal. Apenas alunos da zona rural contam com serviço de transporte da prefeitura.

A prefeitura não descumpre a legislação. Pelo contrário, faz cumprir ao pé da letra o decreto estadual que obriga o município a oferecer transporte a estudantes residentes no meio rural. Na zona urbana, a responsabilidade é da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMTTM) e o transporte é feito pela Visate. A família ressalta que Alisson não tem condições de embarcar sozinho:

— O Alisson tem a mentalidade de uma criança, não faz praticamente nada sozinho.  A gente queria que a secretária (de Educação, Marléa Alves) passasse um dia com ele para ver — desafia o pai de Alisson, Hamilton Martins, 50.
Problema semelhante enfrenta a família do jovem deficiente auditivo e portador de paralisia cerebral William Zotti, 25, aluno da escola Hellen Keller e, até setembro, passageiro da mesma van que levava Alisson. Moradores do Salgado Filho, a família perdeu o transporte também por morar em área urbana. Em documento enviado à família, a Smed considera que o menino pode ser transportado pelo transporte público regular, que dispõe de ônibus adaptado. A mãe de William, Maria Ilone Zotti, contesta:
— Tanto eu quanto o pai trabalhamos fora e o William não tem condições de ir à escola sozinho, porque precisa de cuidados permanentes.   Uma funcionária da secretaria chegou a sugerir que pela idade ele não deveria mais ir à escola e também que eu parasse de trabalhar — reclama.
No dia 18 de outubro, Maria Ilone entrou com uma ação junto ao Ministério Público pedindo providências para garantir o retorno do transporte do filho. Enquanto a situação não se define, William vai à escola de ônibus acompanhado do pai, que alterou horários no trabalho para levá-lo, e volta de carona com o avô de um colega. Alisson Martins, por sua vez, tem ficado em casa à espera de solução.
A secretária municipal de Educação, Marléa Ramos Alves, justifica o cancelamento do transporte para William e Alisson observando que o município precisa cumprir a legislação, que restringe o transporte estudantil a alunos da zona rural.
Segundo Marléa, os jovens não se enquadram no perfil para uso do serviço oferecido pela prefeitura e cabe às famílias se adequar e confiá-los ao transporte regular. No caso de William Zotti, defende, o motorista da Visate auxilia a subir e descer do ônibus. No caso de Alisson, cujo a família diz não ter condições de ir à Apae sozinho, a secretária diz que não pode dispor de um monitor para fazer o trajeto junto com o menino.
— A gente entende a situação das famílias, mas é preciso lembrar que nosso enfoque é na legislação. A cobrança do Tribunal de Contas é muito grande e para que a gente possa atender a todos, é preciso respeitar a lei.

Para refletir...


Carta aos Senadores em Defesa da Educação Inclusiva

O modelo educacional mostra sinais de esgotamento e, no vazio de suas idéias, surge o momento oportuno para as transformações. Esse momento é propício para se questionar a exclusão educacional imposta desde os primeiros passos da formação escolar e que prossegue nos níveis de ensino mais graduados.
A reviravolta educacional que propomos por meio da inclusão tem como eixos o convívio, o reconhecimento e o questionamento da diferença e a aprendizagem como experiência relacional, participativa e significativa para o aluno.
Do ponto de vista institucional, a inclusão exige a extinção das categorizações e das oposições binárias entre alunos: iguais/diferentes; especiais/normais; sadios/doentes; pobres/ricos; brancos/negros,  com graus leves/graves de comprometimentos etc. No plano pessoal, a inclusão  provoca articulação, flexibilidade, interdependência entre as partes que se conflitam em nossos pensamentos, ações e sentimentos, ao nos depararmos com o Outro.
O essencialismo e toda a generalização, que se originam da compreensão de que as identidades são fixas e definitivamente estabelecidas não cabem no quadro de revisão dos nossos propósitos educacionais inclusivos. Nesse quadro se consideram as identidades móveis e a diferença dos seres humanos, sujeitas a diferenciações infinitas, tanto interna como externamente.
Na gramática da inclusão, como refere Burbules, não existe “diferença entre” surdos, negros, brancos, inteligentes, pessoas com deficiência... Há diferentes surdos, negros, brancos etc, que estão diferindo sempre, sempre e sempre..
Os caminhos pedagógicos da inclusão se fundamentam, portanto, na diferença dos seres humanos, na singularidade de cada um de nós e nas possibilidades que o caráter multiplicativo e transformador da diferença nos confere – seja para melhor ou para pior. As situações de deficiência que todos  experimentamos, dependem do meio em que vivemos. Mudamos para mais ou para menos, conforme o meio nos solicita, nos desafia /ou nos limita, espontânea ou naturalmente. Nossas mudanças, por sua vez, também afetam o meio (nele incluindo o escolar), deixando-lhe marcas - as marcas que a diferença lhe imprime.
As situações de deficiência são vividas por todo e qualquer aluno; trata-se de um problema do meio escolar e não do aluno com deficiência. Nosso papel de pais, de professores para solucioná-lo é o de tornar a  escola comum  um ambiente estimulador da capacidade de cada aprendiz e não uma instituição  niveladora da aprendizagem e  promotora da exclusão.
Nesse contexto de compreensão, a inclusão tem a ver com o acesso de todos os alunos e não apenas de alguns estudantes a um mesmo mundo e sugere mudanças nos espaços físicos, nas atitudes e relações sociais. Nosso significado de acesso de todos à escola, remete, pois, ao nosso entendimento da deficiência.
Historicamente, a deficiência foi por muito tempo entendida, do ponto de vista exclusivamente médico, como sinônimo de anormalidade do “portador” dessa deficiência. O remédio, nesse caso, quando existe, é a cura da deficiência e seu agente, um profissional da saúde. Esse modelo de deficiência promove a
“acomodação” da anormalidade da pessoa e a encerra na sua incapacidade de viver, em um mundo social e físico que não mudam – escolas especiais, confinamento na própria casa, família, limitações de todo nível, expectativa muito baixa para o futuro, solidão, tutela por incapacidade.
O desafio da inclusão na escola e no mundo se origina de um quadro situacional que nos coloca em crise, pois é novo e implica em um reposicionamento de nossas idéias, de nosso comportamento diante da deficiência e da diferença. Antes de percebermos esse desafio, estávamos todos, de certo modo, resignados diante da deficiência, tratando-a segundo as formas mais excludentes de atuação e considerando a diferença como imutável, definitiva, sem alternativas. Tinha sentido, então, tratarmos “pessoas diferentes”, diferentemente.
No pensamento inclusivo, a deficiência é sinônimo de “diferença” e tem a ver com o reconhecimento de que somos seres que encerram  possibilidades,  as quais  não são definidas a priori, por diagnósticos de desenvolvimento, porque a diferença é sempre um devir.  O “remédio” está na mudança nas interações e na atualização das possibilidades latentes em todos nós. Toda pessoa ou artefato e todo o ambiente, que afete essas interações para melhor, propiciam transformações e são consideradas agentes do processo de inclusão de pessoas com e sem deficiência.
O modelo social da deficiência e, mais recentemente, o modelo de interpretação da deficiência com base nos Direitos Humanos (Convenção da ONU, 2006) indicam grandes avanços incluem artefatos de pensamento e planos de ação inclusivos que atingem a todos, pois não temos o direito de diferenciar pessoas pela sua deficiência. Inspirados pela evolução dos modelos de interpretação da deficiência é que exigimos que seja assegurada a pessoas com deficiência o direito à  educação   em ambientes escolares  inclusivos.
Por tudo isso, nos surpreendemos com o fato que ainda existam pessoas que admitem que deve ser negado a alguns cidadãos o direito de estarem e de se formarem com os pares de sua geração e de crescerem em um único ambiente educacional – a escola comum.
Para pais e professores que entenderam a extensão e os benefícios da inclusão para todos os alunos  este é  um bom momento para que Vossas Excelências se unam a eles e sejam vetores de transformação, distinguindo-se por um entendimento da inclusão, que sai do lugar comum e se expressa com o vigor do novo. Seus colegas, senhores senadores, precisam ouvir de Vossas Excelências um posicionamento que os faça evoluir na concepção da inclusão. Seus eleitores esperam de Vossas Excelências palavras, ações, que ultrapassem posicionamentos conservadores, como os expostos na audiência sobre a meta4.
Afinal, o que queremos deixar como  legado educacional para as novas gerações?

Campinas, em 06 de novembro de 2013

Profa. Maria Teresa Eglér Mantoan
Universidade Estadual de Campinas


FONTE AQUI!

Congresso ameaça afastar crianças com deficiência do ensino regular

Há um lobby em curso no Congresso Nacional que pode levar à segregação de estudantes com deficiência nas chamadas escolas especiais. Pesquisas científicas e a experiência mostram que os alunos com deficiência podem aprender mais em ambientes inclusivos. Ganham eles e ganha a sociedade com a redução da discriminação devido ao convívio.
Para tratar do assunto, pedi um artigo para a jornalista Patricia Almeida, coordenadora da agência de notícias Inclusive/Inclusão e Cidadania e membro do Conselho da Down Syndrome International. Ela participou dos esforços que levaram à ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência pelo Brasil. E, mais importante, é mãe de Amanda, de 9 anos, que nasceu com síndrome de Down:
O Plano Nacional de Educação (PNE), que norteará a política do setor nos próximos dez anos, está sendo debatido no Congresso Nacional. Para um grupo de brasileiros, aqueles com algum tipo de limitação, o plano pode não cumprir a meta de aprimorar a educação. Ao contrário, poderá ser visto como um grande retrocesso nas políticas de inclusão social e capacitação de pessoas com deficiência.
Com “as melhores intenções”, um grupo de deputados federais e senadores lidera campanha para segregar estudantes com deficiência nas chamadas escolas especiais. Utilizam o argumento falacioso de que nesses estabelecimentos as crianças e adolescentes recebem atendimento exclusivo em ambiente protegido. Talvez pudessem dizer que sua ausência no ensino regular também beneficia o rendimento dos alunos “comuns”.
Ambos os argumentos são enganosos, mas extremamente difundidos entre os brasileiros. Pesquisas científicas e a experiência mostram justamente o contrário: os alunos com deficiência aprendem mais em ambientes inclusivos – e não apenas seus colegas, como toda a comunidade, ganham com o convívio. A inclusão escolar é também o melhor antídoto contra a discriminação e, por isso, nos países desenvolvidos já é prática desde os anos 70.
Embora ainda precise melhorar muito, o Ministério da Educação tem se esforçado para receber esses novos alunos na rede de ensino. Cada vez mais, eles estão saindo de casa ou deixando as escolas especiais e migrando para o ensino regular. Prova disso é que houve um impressionante aumento de quase 1.000% das matrículas de alunos com deficiência nas escolas entre 1998 e 2010.
Mesmo assim, ao invés de concentrar os esforços em garantir a qualidade necessária para que os estudantes que estão sendo incluídos progridam em salas de aula comuns, o lobby das instituições assistenciais que se dizem representantes das pessoas com deficiência como Apaes, Pestalozzis e outras no Congresso Nacional é na direção contrária.
E é também na contramão da lei e dos direitos humanos o posicionamento dos senadores da comissão de educação, que apoiam o texto defendido pelas escolas especiais. A redação proposta inclui que as crianças com deficiência devem estudar “preferencialmente'' nos estabelecimentos de ensino regular. Embora pareça uma mudança pequena, essa palavra cria duas classes de alunos, os “mais deficientes'' e os “menos deficientes'', os “incluíveis'' e os “não-incluíveis''. E isso, além de inaceitável, vai contra a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada em 2009 como norma constitucional.
Imagine uma mãe que vai matricular seu filho numa escola perto de casa e tem que ouvir da diretora que por conta daquele “preferencialmente'' a escola não precisa mais aceitar a criança? São mais de 600 mil estudantes com deficiência incluídos na rede regular de ensino público e privado. O que dizer a essas famílias? Acabou a festa? Mande seu filho de volta pra exclusão, de onde ele nunca devia ter saído?
Mas por que a inclusão não interessa às entidades filantrópicas? A resposta é simples – os recursos governamentais que as mantém são pagos per capita, e requerem que os usuários estejam lá dentro. Quando são incluídos, a verba se vai. Desesperados, os dirigentes e seus padrinhos políticos têm provocado campanhas para aterrorizar os pais, dizendo que seus filhos vão ficar sem escola.
A receita tem dado certo. Não houve um senador sequer, nem dos mais progressistas, que tenha ousado elevar sua voz contra as Apaes.
Mas afinal, senhores senadores, o que o PNE trará de concreto e afirmativo para a educação inclusiva das crianças e jovens com deficiência e para o combate à discriminação nos próximos 10 anos? Qual é a mudança proposta pelos senhores? Algum avanço ou só mesmo a volta à segregação de seres humanos?

Museu do Oratório - Ouro Preto/MG



Conheça o Museu do Oratório de Ouro Preto/ MG através de uma visita virtual!


domingo, 10 de novembro de 2013

Guia do professor: Dificuldades de Comunicação e Autismo







O Livro Guia do professor " Dificuldades de Comunicação e Autismo - Estratégias educacionais em necessidades especiais" encontra-se disponível Clicando aqui! 


Saberes e Práticas da Inclusão





O livro "Saberes e Práticas da Inclusão" está disponível em:   http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/altashabilidades.pdf

Destaque VM: saiba mais sobre o autismo

Amenhotep Rodrigues mostra exemplos de pessoas que convivem bem com esta disfunção que afeta a capacidade de comunicação, socialização e comportamento do indivíduo. Conheça, também, um local muito especial onde se aprende a conviver com esta realidade.

sábado, 9 de novembro de 2013

Autoestima é tudo!